Telemóveis desencadeiam greve e manifestação alunos
«Greve de alunos 16 de Novembro contra as substituições. Mensagem a rodar. Passem!», foi uma das mensagem que circulou desde o início do mês por telemóveis e sistemas de conversação instantânea na Internet.
Em Lisboa, cerca de 400 estudantes manifestaram-se frente ao Ministério da Educação, onde decorre a vigília dos professores, gritando na rua pela demissão da ministra.
O protesto obrigou durante parte da manhã ao corte de trânsito no sentido Sul-Norte da Avenida 5 de Outubro, uma situação normalizada pelas 13:45, altura em que apenas cerca de 100 alunos permaneciam junto às instalações do ME.
Na zona da capital, as escolas secundárias Fonseca Benevides e Braancamp Freire foram hoje de manhã encerradas a cadeado, tendo-se ainda registado desacatos na escola básica do 2º e 3º ciclos Gonçalves Crespo, na Pontinha, onde os alunos impediram a entrada dos professores e um estudante de 15 anos agrediu a pontapé um agente da PSP.
A Direcção Regional de Educação de Lisboa enviou quarta-feira a todos os estabelecimentos de ensino um ofício a definir o que deveriam fazer em caso de encerramento a cadeado, ordenando os conselhos executivos a chamar a polícia e identificar os autores.
Ao contrário do que aconteceu na região de Lisboa, no Porto o protesto praticamente não se fez sentir, com as secundárias Filipa de Vilhena, Carolina Michaelis e Clara de Resende, contactadas pela agência Lusa, a funcionarem com normalidade.
Cartazes afixados em vários pontos da cidade a informar da realização de uma manifestação de estudantes do ensino secundário no dia 22, na Baixa do Porto, são o único sinal relacionado com o protesto.
A repercussão dos protestos foi também reduzida em Coimbra, onde até uma concentração de estudantes marcada para as 12:00 não tinha sequer começado uma hora depois.
Mais impacto teve a iniciativa no Alentejo, região onde os alunos aderiram em força à greve, com uma participação que rondou os 80 a 90% na secundária São Lourenço, em Portalegre, e cerca de 50% na secundária Diogo de Gouveia, em Beja.
Em Évora, os alunos bloquearam com pregos as entradas da secundária Gabriel Pereira, enquanto no litoral alentejano mais de duas centenas de estudantes protestaram nas ruas de Alcácer do Sal, com a greve a fazer-se sentir igualment e nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém.
No Algarve, cerca de 200 estudantes manifestaram-se nas ruas de Faro, tendo até sido recebidos pelo Governador Civil da cidade, a quem entregaram uma moção com as suas reivindicações.
A jornada de luta não originou, no entanto, quaisquer fechos de escolas nesta região, segundo disse à agência Lusa o director regional de Educação.
O protesto de alunos chegou também à Madeira, onde os estudantes da escola básica e secundária da Ponta do Sol, no Funchal, mantiveram encerrados durante 30 minutos os portões da escola.
Já nos Açores não houve qualquer tipo de protestos dos estudantes do ensino secundário.
Diário Digital / Lusa
2 comentários:
Pela parte que me toca, quando vejo professores a manifestarem-se pelos motivos que invocam, é muito bom sinal, é sinal que esta classe profissional, vai finalmente ser avaliada pelo seu mérito, e não somente pelo seu titulo. São funcionários publicos como os outros, logo, terão que ser tratados da mesma forma. Quanto aos alunos, a verdade
e que os putos se manifestam porque ficaram sem os famigerados feriados. Será que isso é mau? O facto das aulas de substituição não correrem bem, é responsabilidade organizativa da escola, e pedagógicamente dos professores, como é óbvio.
Os miudos nao se manifestaram contra o fim dos feriados: manifestaram-se contra aulas de substituiçao que servem somente para "passar" o tempo, ficam especados a olhar uns pros outros, com conversa da "chacha" por parte do prof. A responsabilidade pode ser das escolas, mas então ha que criar soluçoes para fazer render essas aulas de substituiçao, aproveita-as. Acho eu.
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