23 outubro 2006

Secretária do hospital marca consultas privadas



O presidente do Conselho de Administração do Hospital José Maria Grande, em Portalegre, é acusado de usar uma das secretárias da direcção no horário de serviço para marcar consultas particulares. As chamadas dos utentes, segundo o CM apurou, são recebidas pela funcionária pública num telemóvel privado, cujo o número é colocado pelo clínico todas as semanas no bissemanário local ‘Fonte Nova’. Contactado pelo CM, Luís Ribeiro, director daquela unidade de saúde e médico de clínica geral, refuta as acusações, afirmando que a funcionária apenas atende o telemóvel “depois do horário de serviço”, o que não se confirmou ontem, quando o CM ligou para o respectivo número. A meio da tarde, foi efectuada uma chamada para perguntar a que dias o clínico dá consulta. A secretária atendeu o telemóvel e informou que estava disponível nas próximas segunda, terça e sexta-feira. Disse ainda para ligar a confirmar a marcação na segunda-feira, entre as 12h30 e as 13h00.
As consultas particulares, segundo o administrador, são prestadas aos seus clientes numa sala do próprio hospital.
“É uma situação absolutamente legal e tenho um despacho do Ministério da Saúde que me autoriza a exercer clínica privada. Desde que pague uma quantia ao hospital pelo aluguer do espaço para as consultas, não há nada a apontar. Além disso, paguei esse telemóvel e as chamadas são também pagas por mim”, referiu.
Luís Ribeiro sublinhou ainda que, aquando da sua nomeação para presidir à administração do Hospital Distrital de Portalegre, ressalvou junto dos responsáveis do Ministério da Saúde que só aceitaria o cargo caso pudesse continuar a exercer medicina privada. “Aceitaram a proposta. Aliás, outros médicos fazem o mesmo em outros hospitais”, disse.
Apesar da autorização do ministério, Luís Ribeiro esteve impedido de atenter os seus doentes durante um largo período. “Tomei posse em Julho de 2005 e recebi a autorização para as consultas particulares em Novembro”, acrescentou.
In CM
Obrigado "D. João III O Piedoso ", pela dica.

8 comentários:

Anónimo disse...

Parece que o Sr. Dr. em causa pode mesmo exercer clínica privada numa instituição pública, porque é membro da administração e está para tal autorizado pelo Ministro da Saúde. Legal será; mas que também é, no mínimo, pouco ético não tenho dúvidas.
Agora o que me parece não ser nada ético e completamente ilegal é usar uma funcionária pública, durante o seu horário de trabalho normal (logo a ser paga pelo Estado; ou seja, pelo bolso de todos nós, contribuintes...) como funcionária particular.

Anónimo disse...

Não basta ser sério, é preciso parece-lo e de acordo com o artigo nem uma coisa nem outra. É pena ser tudo uma questão de cartão partidário, qual a necessidade de ter um médico a gerir um hospital? Faria mais sentido ter um gestor e não misturar as águas.

Anónimo disse...

O administrador do Hospital Dr. José Maria Grande dar consultas dentro do hospital? Está certo? Dentro do horário de trabalho em que está a receber um vencimento a ser pago por nós? Será que paga renda pelo espaço que está a usar como consultório? E ainda utiliza uma funcionária que é paga por todos nós? Bom, naturalmente sou eu que estou errado...
É a sociedade em que vivemos e são os exemplos que nos querem dar em tempo de "aperto de cinto" e sacrificios...
Grande exemplo, não haja dúvida

Anónimo disse...

Já agora! Ouvi dizer que a alimentação fornecida aos doentes tem muito que se diga, e que alguns enfermeiros durante a noite fazem grandes arraiais que os pobres doentes nem conseguem descançar!! Ouvi dizer!! Acho que isto devia ser tirado a limpo!!!

Anónimo disse...

Ui, essa dos arraiais no hospital parece que é mesmo verdade, que eu já ouvi doentes dizer que até cheiro a linguiça e cacholeira se lhes enfia pelas narinas adentro. Coitados dos enfermeiros! Ganham mais do que o que deviam, mas fazem noites coitados! Noitadas a ferrar o galho querem eles dizer!

Anónimo disse...

Pois são presos por ter cão e por não ter . . . .

Se estão a comer não deviam, tem de se estar sempre a trabalhar . . . se não estão a comer estão a dormir.

Enfim . . . sem comentários....


ahhhhhh, "ganham mais do que deviam, mas fazem noite . .coitados" não sabes o que é fazer noites pois não . . e secalhar ganhas mais e fazes menos . . . .

cresce e aparece

Anónimo disse...

O Sr. enfermeiro irritou-se, se calhar também faz noites :)

E os médicos? quem é que não foi à urgência e o Sr. Doutor especialista nunca lá está e é atendido por um qualquer internista ou lá o que lhe chamam... O que estão a fazer os especialistas ás 4 da manhã que não podem atender uma irgência? a dormir? pois não deviam, não é para dormir que lhes pagam.

Anónimo disse...

Por causa deste tipo de coisas, é que mais dinheiro para a saúde, é sempre dinheiro mal aplicado, espero que com o Prace alguns aprendam e levem na cabeça. Quanto à reacção do enfermeiro, enfim, sem comentários, ele que vá pedir explicações aos colegas dele que dizem isso alto e bom som. Coitados, já repararam que são sempre as classes que mais ganham e menos fazem que mais aderem às greves? Curioso não é?